Bom-dia, estrelinhas brilhantes, a Terra diz olá.
Frase de Willy Wonka, perfeita para o texto de hoje – do filme:
A Fantastica Fabrica de Chocolate
Respirei mais profundo que o normal me alongando no parque hoje cedo para correr. Não sou uma corredora nata, muito menos assídua, mas tento correr uns 2 ou 3 km duas vezes na semana, na tentativa de manter uma rotina saudavel e aceitar os inúmeros desafios que a menopausa me traz.
Segunda feira nublada, a preguiça me rondando, faço minhas práticas diárias de auto-cuidado logo cedo: áudio de bom dia, exercicio diário do UCEM (Um Curso em Milagres), sétima semana de Kapalabhati (tipo de respiração consciente – respiração do crânio brilhante) e 20 minutos de RESPIRAR E RELAXAR. Ainda meio no automático, coloco minha roupa de ginástica e sigo para o Parque. Hoje estou em Piracicaba, dia nublado e o Parque da Rua do Porto é do lado de casa, então não tem desculpa racional.
A rotina de auto-cuidado é penosa em qualquer ínício porque temos que fazer nosso cérebro entender que todo dia vamos repetir as mesmas coisas, sendo que os resultados não são imediatos. Mas uma vez estabelecida a nova rotina, nossa auto-estima cresce muito porque vencemos não só a procrastinação, mas também todas as desculpas esfarrapadas que nos contamos afirmando que não conseguimos ser melhores do que somos.
OBS: São incontáveis os métodos de auxilio de rotinas da manhã, e se você quiser uma sugestão, leia o livro “O Milagre da Manhã”. O livro “O Poder do Hábito” foi minha primeira leitura nessa área.
Mas voltando ao parque. Sabe aquele dia que você se sente o Garfield das segundas feiras pesadas?… Eu estava assim… e o pior! Eu tinha acabado de tentar animar meu marido, porque eu realmente acredito que é jogar fora 1/7 da nossa vida ficando de mau humor nesse inevitável dia da semana…
Mas sabe quando você fala, e o coração não responde? Quando você acredita naquilo, mas está com dificuldade de sentir? Essa era eu hoje cedo… Falando sobre a importância do sorriso no rosto e do agradecer nas segundas feiras, mas o coração lá acinzentado, meio dormindo, tipo de greve do meu lado Alice no País das Maravilhas…
E então veio essa respiração mais profunda que o normal no meio do alongamento antes de correr, e, junto com essa respiração, uma idéia estranha a principio, mas interessante como uma experiência ativa de mudança de humor interno:
- VOU DAR BOM DIA A TODOS POR QUEM PASSAR AQUI NO PARQUE HOJE!
E assim fui: correndo no sentido contrário do que a maioria caminha e corre, olhando para as pessoas, sorrindo (no começo meio forçado, confesso) e oferecendo um BOM DIA sincero a todos que conseguia alguma conexão visual.
E olha que não foi interessantíssima a experiência???!!!
Primeiro comecei a me conectar com meu desconforto interno: algumas pessoas te dão bom dia de volta e outras simplesmente ignoram, ou fazem cara feia… Como reajo a isso? Porque me incomoda? Porque algumas pessoas nem olham para mim?
Continuei firme: algumas pessoas pegas de surpresa respondem de volta e sorriem! PONTO!!! A cada sorriso recebido, meu sorriso verdadeiro se fortalece, e meu coração que estava lá queimando pneus no meio da estrada que unia minha razão e minha emoção, resolve dar o ar da graça: bate feliz, surpreso também com a felicidade de estar testando novas formas de nos relacionarmos com o mundo.
Algumas faces são amigáveis, outras não, algumas são desconfiadas, outras estão fora do ar, algumas faces correspondem, outras não respondem… Mas o mágico não foi no um a um… o um a um foi o processo, o meio pelo qual resolvi testar um jeito de acordar minha alegria que estava lá escondida hoje cedo…
Entendi, depois de uma volta de 2 km (que passou mais rápido do que os outros dias), que DAR BOM DIA SORRINDO A DESCONHECIDOS FOI UM IMENSO PRESENTE QUE DEI A MIM MESMA HOJE CEDO!
Senti na pele que o DAR E RECEBER SÂO A MESMA COISA, se equilibram, se completam, e que, no outro, tenho um espelho que posso usar a meu favor sempre que precisar. Claro que poderia aqui estar escrevendo como as pessoas são grossas, mal-educadas, e infelizes porque não responderam ao meu BOM DIA, mas minha escolha tem sido SEMPRE VER O LADO BOM DA VIDA E DOS SERES HUMANOS QUE ESTÃO A MINHA VOLTA!
Entendi que quem não me respondeu não estava feliz, não estava bem o suficiente para dar nada de bom naquele momento, e que estava lutando com seu coração como eu hoje logo cedo…
Não importa o que passa dentro de cada um, mesmo porque não consigo entrar na cabeça e no coração de quem quer que seja… o que importa, mais que tudo, SÃO MINHAS ESCOLHAS DIÁRIAS, e hoje ao escolher DAR BOM DIA, me arrisquei, como deveria me arriscar mais todos do dias da minha vida!
Me arrisquei não ser bem recebida, me arrisquei ser ignorada, me arrisquei ser julgada, até me arrisquei ser maltratada por mulheres ciumentas que entenderam meu bom dia como um assedio qualquer… Como disse, e repito: NÃO IMPORTA como os outros reagiram a minha nova forma de interagir com o mundo com esse meu simples gesto de DAR BOM DIA a quem passou por mim hoje.
O que importa é que eu fiz um movimento diferente! Eu saí da minha zona de conforto, me arrisquei olhar nos olhos das pessoas e oferecer meu sincero bom dia, e todo o turbilhão de sentimentos que passou dentro de mim – em meros 2 km de corrida – foi o suficiente para eu aprender um monte de coisas sobre mim mesma, sobre minhas reações, sobre meus limites e, ao final, voltei para casa sorrindo de verdade com o coração pulsando feliz novamente.
Se você se animar a fazer este movimento, te sugiro o seguinte:
- Saia de casa com dois sacos mentais vazios: um de sentimentos bons e outro de sentimentos ruins. Fure o saco de sentimentos ruins, pois assim eles não chegam com você de volta para casa. Lembre-se que sentimentos bons são leves e fazem a gente voar de felicidade. TENHO CERTEZA QUE VOCÊ VOLTARÁ PARA CASA FLUTANDO DE TANTA ALEGRIA!
Vamos juntos, RESPIRANDO CONSCIENTE DE NOSSAS ESCOLHAS DIÁRIAS, e oferecendo sinceros BOM DIA por ai! Até mais!